Me chama de Cassandra

Raul nasceu biologicamente como homem, mas não se identifica desta forma e sabe que é uma mulher no corpo errado. Além disso, como a mitológica Cassandra, princesa de Troia e sacerdotisa de Apolo, Raul é capaz de prever o futuro, mas não encontra no mundo quem lhe ouça. Sabe sobre a sua morte aos dezoito anos na guerra em Angola, ferido pelo ódio, assim como prevê como cada um de seus familiares e companheiros irá morrer.

Este livro lança um olhar para a história cubana a partir dos dramáticos dilemas de identidade do protagonista. Seu enredo é escrito em forma de acontecimentos que se sucedem e se repetem como loops que se alongam na medida em que revelam novos lances. A imagem do soldado de chumbo escolhida para capa é uma presença frequente no livro e pode ser interpretada como a forma do protagonista representar sua fragilidade diante de seu destino trágico e irreversível. As cores fortes e intervenções gráficas criam um clima queer e underground que o leitor pode sentir na leitura.

Biblioteca Azul, 2023
14 × 21 cm

Capas

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